já parou pra pensar o que vem depois? como eu estou me sentindo, como eu deveria estar? o que todos acham disso? devo me preocupar? meus ídolos estão certos? devo ser tão convicto? quem garante que estou certo? quem sou eu para garantir? devo me basear tanto em outras pessoas? como posso saber que em tal pessoa posso confiar e em outra não?
tem horas que essas questões caem na minha cabeça que nem uma chuva de meteoros, e sinto muitas vezes que isso só acontece comigo. um sentimento de solidão, fudido, meio irracional, fora do controle.
por vezes tento pensar em recuperar as sensaçoes (de alegria, surpresa, expectativa) do mesmo modo com que elas ocorriam na minha infancia, ignorar todo o resto, mas isso não da certo. não tentem fazer isso, perdi muito tempo e me desgastei muito buscando uma saída que chegasse a esse fim. a vida é uma eterna renovação, não existe um ciclo pré-definido pro nosso emocional/espiritual. as sensações sempre são diferentes, e eu passei muito tempo acreditando que o auge da vida é aos 14/15 anos, mas não se fiem nessa ideia. isso impede que tu se abra pros novos sabores que a vida pode oferecer, aliás, eu sempre hesitei em dar passos à frente depois de uma certa altura da minha relativamente curta vida até agora. me sinto um velho algumas vezes - talvez pela maioria da gurizada não parar pra pensar esse tipo de coisa, ou não demonstrar que pensa isso também por vergonha ou orgulho - e é isso que quero evitar, aprimorar esse lado pra estar mais aberto a novos começos. me prendo muito às coisas. caio muito fácil em rotinas, odeio isso.
e essa história de odiar coisas me deu ideia pra outro raciocinio, que vou desenvolver aqui outra hora.
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parte sonora do post
- não canso de sugerir músicas para as pessoas, por mais chato que isso pareça pra mim haeaheu
- a banda abaixo (uma das melhores nacionais, pra mim) fez um dos melhores shows undergrounds que eu já tive a chance de ver/curtir/cantar junto/dar mosh